Ele Tem Amor
Se ser poesia fosse belo como
Alguém que serena os quatro
Elementos do mundo nascente,
Enquanto a luz do sol beija em
Silêncio toda a beleza melancólica
Dum escrito que boceja madrugada
A dentro, pedindo mais um motivo
Para mais um café seguido dum cigarro...
Se ser poesia fosse deixar
Mil motivos vagos para que os
Olhos de quem lê, achem um
Terço ou um quarto, mesmo cheirando a
Nicotina misturada aos motivos
Da ardência dos olhos,
Para estes seres faiscantes,
Pelo menos uma vez na
Claridade do que entenderam,
Dissessem: Que merda!
Se ser poesia fosse ver descer
Sobre a terra, das amplidões do
Universo infinito, uma inspiração
Toda convincente ao ponto de
Fazer qualquer mortal soltar
O sal dos olhos seguros e
Chorar todas as vírgulas
Que ele mal sabe usar
Para deixa-lo convencido
De que encontrou um erro!
Daí a algum tempo, pode admirar
A existência dum elemento alfabético
Que cobre toda folha...
Está dado os primeiros passos
No beco escuro onde não sou
Eu que caminha,
O motivo para dizerem:
Este sim tem amor!