AMOR DE NOVELA

Poucos instantes,

Eu tenho apenas os instantes

De uns míseros segundos

Para dizer-te que ainda te amo!

É pouco tempo, eu sei,

Mas, o que posso fazer?!

Desperdiçou-se a chance

Que a vida me deu.

Todos sabem

O quanto fui tolo

Ao pretender conquistá-la

Exibindo a arrogância

De um macho estúpido

Diante da sensível pureza

De uma mulher apaixonada.

Eu que já transpus desertos

Afrontando tempestades de areia!

Eu que sorria diante das ondas

A rugirem ameaçadoras

No o oceano da minha existência!!

Eu que já bebi

De todas as taças

Provando de todos os venenos

E todas as dores já sofri!!!

Agora assisto o trágico fim

Dessa novela que eu mesmo escrevi

Em uma ultima cena,

Na qual não recebo sequer o beijo

De uma dolorida despedida.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 07/06/2011
Código do texto: T3019081