AMOR DE NOVELA
Poucos instantes,
Eu tenho apenas os instantes
De uns míseros segundos
Para dizer-te que ainda te amo!
É pouco tempo, eu sei,
Mas, o que posso fazer?!
Desperdiçou-se a chance
Que a vida me deu.
Todos sabem
O quanto fui tolo
Ao pretender conquistá-la
Exibindo a arrogância
De um macho estúpido
Diante da sensível pureza
De uma mulher apaixonada.
Eu que já transpus desertos
Afrontando tempestades de areia!
Eu que sorria diante das ondas
A rugirem ameaçadoras
No o oceano da minha existência!!
Eu que já bebi
De todas as taças
Provando de todos os venenos
E todas as dores já sofri!!!
Agora assisto o trágico fim
Dessa novela que eu mesmo escrevi
Em uma ultima cena,
Na qual não recebo sequer o beijo
De uma dolorida despedida.