(Re)nascimento
A efemeridade daquela aura desconhecida
Abriu-me os olhos inválidos
Para o renascimento duma vida
Que estava cheia de cóleras
Enchendo-me de silêncios
Com passos esparsos que se moviam a esmo.
Destruíam de forma iniqualável
A aurora que nunca via
E dessa ausência que me deixava ressaca
Abatia-me sem razão e tirava-me virtude.
Mas com gestos desiguais
Saía do escárnio em que me mantinha,
Sem saber a descritude do teu rosto cálido
E pensamentos condizentes a verdade
Que puderam me fazer ver de dentro
Como o coração humano é cheio de vazios
E, ao mesmo tempo, está em plenitude desvairada
Que nos põe na loucura - mas também na sanidade:
Triste do bardo, que se corrompe...
No entanto, aumenta sua bravura pela realidade.