UM DIA SEREI FELIZ
Pobre! Pobre de mim!
Um dia ousei sonhar
Que uma simples aliança
Em tua mão esquerda
Pudesse para ti
Ter alguma importância.
Sem dúvidas me entreguei
Deixando que a alma
Mergulhasse aos poucos
Na chama ardente
Dessa maldita febre
Que te consome o corpo
Para afogar meus sonhos
Nestes teus lábios profanos.
Quantas e quantas vezes
Colheste de meus olhos
As lágrimas sinceras
De amor e carinho?!
Tu não sabes!
Como poderias saber
Se enquanto eu te amava
Simplesmente zombavas
Desse pobre infeliz?
Mas, apesar de tudo
O quanto me fizeste sofrer,
Um dia serei feliz!
Enquanto que a ti
Só o que restará
Serão as marcas da solidão
Nas rugas do teu corpo envelhecido.