O AMOR DE UMA ROSA

Queres que te escreva uma poesia?!

Queres que te declare o meu amor

E que, apesar desse desesperado pranto

A embargar-me a voz,

Em um terno canto

Revele ao mundo

O porquê desses suspiros

A desgarrarem-se do meu peito

A cada verso escrito?!

Menina! Não posso

Fazer isso!!

Seria loucura

Revelar ao mundo

Toda a sua doçura!!!

A flor embevecida em sua beleza

Perdesse de amores pelo jardineiro

Que a trata com tanto carinho,

Mas se a toma nas mãos

As carícias do amante

Por destino lhe resta apenas

Ter sua corola pendida

E as Pétalas despedaçadas

No mal me quer da vida.

Menina! Não faças assim!!

Não castigues tanto

Esse pobre poeta

Que pouco a pouco

Vai enlouquecendo de amores

Pelas mais bela das flores

Desse sagrado jardim!!!

Ai! Estremeço de medo!!

Só em pensar que o mundo

Possa saber um dia

Esse delicioso segredo

Escondido nos fios

Dos seus negros cabelos

Minha alma grita

No mais puro desespero.

Mas, que malvada!

Continuas a querer;

Como criança malcriada!

Uma estrofe das minhas poesias?!

Pois bem, entrego-me de uma vez

Ao castigo por meu crime

Em ousar amar

Uma rosa do meu jardim

E arrancando palavra por palavra

La do fundo do meu coração

Escrevo-te esses versos

De amor e paixão.

“Não me importa que a tarde

Chegue para trazer a escuridão

Em arrepios de saudade

Até que novamente

Venha raiar um novo dia

Pois em seus cabelos

A noite será sempre terna

Entre as paredes do nosso quarto.”

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 30/05/2011
Código do texto: T3002266