compaixão

As vezes, eu não compreendia o mal do mundo...

Na medida em que a desilusão,no peito, me batia

Mergulhei ,na duvida, em meu espírito, bem no fundo

A procura de um oculto segredo que,por certo, não sabia

Imaginava,assim, um poder divino,deveras, retumbante

Que ,descerraria a incerteza,de mim,num segundo,apenas

Que forte vento, em rodopios, a levasse,num instante

Ah!que Deus é uma espécie de simples brisa amena...

Não arde ou castiga ,mas,com sopro suave, me avisa

Conduzindo -me,no amor, a perfeição da consciência

Um caminho de flores e pedras,onde minh’alma desliza

Ao sabor da canção de ventura,ergo altar a Tua presença.

Sinto ,neste momento ,que todo o universo entende e chora

Que o mal ,em verdade,não existe e,sim,habita,silente

Naquele que,cego, ante a leve tormento,em choro,implora.

Não é seu coração,mas seu pobre Ser que está doente!

A compaixão ,porem,socorre ,nas amarguras mundanas

E,pouco a pouco ,afugenta nossos errantes desatinos

Desabrocha na flor esperança, a grande revolução humana

Estrela amiga que ,paciente, guia e ilumina nosso destino