Tão mulher!
Tão mulher assim,
de repente enfim,
nossos corpos nus se amaram
como dois perfeitos sábios,
folheando a vida,
descobrindo o sexo no frescor do mar.
Que nos olhava em foco,
escolhendo a foto
que melhor guardasse aquele momento
de suor e graça
na emoção da raça
união distinta em forma de canção.
Que o cantor murmura no silêncio novo
de um novo amanhã que viola ouvidos
- beijo teu umbigo -
subindo paredes
alcançando a lua que se perde ao léu
qual nos observa
delata-nos o céu.
E a gente ama
se procura
e a chama arde dentro o peito, coração direito,
bate unido o grito de calor e paz
desse mundo louco somos poesia
alegria escrita
na versão do tempo
em confissões de amor...