O ÊXTASE DA MULHER
Sou a verdadeira, sou a amante.
Sou a bruxa, sou a vampira.
Sou a baixa, sou a elegante.
Sou a loira, sou a caipira.
Se quiser, serei uma afogueada viúva,
Ou um desejado e doce cacho de uva.
Posso ser uma inexperiente estudante,
Ou uma mulata assanhada e reluzente.
Talvez te faça feliz sendo uma meretriz,
Ou num lindo sonho ser a imperatriz.
Sou o que você quiser na passarela,
Serei como a magia da Cinderela.
Serei o molho, o tenro recheio, a carne,
O cheiro do tempero, a tampa e a panela;
Esperando que de garfo e faca tu se arme,
Para me devorar começando pela costela,
Ao qual do paraíso tu me trouxe tão bela.
Serei o barco do amor,
No rumo, a pleno vapor.
Serei a vela do seu mastro,
Em seu vento eu me arrasto,
Singrando os mares no horizonte,
Embalando esse amor não casto
De loucuras neste seu colo quente.
Homem novo que me Inebria nos seus madeirescos perfumes,
Segura-me nos braços fortes, estou entre o prazer e a morte,
Nesse ardente sexo tanto faz ver as estrelas ou vaga-lumes,
Ou a que infinito for perder-me, sem saber o rumo sul ou norte.
Ahhhh! Homem que me faz feliz, homem vadio.
Ahhhh! Homem que me desacata na cama, sacana.
Ahhhh! Já estou chegando... tremo, fêmea no cio.
Ahhhh! Aperte os meus mamilos... Vai! Me inflama.
Ahhhhhhh! Que gostoso... O líquido do amor se derrama...
Entre as luzes e o corpo sedento pelo sexo quente,
Espero na brisa da janela a volta daquela magia.
Um puro sangue que me cobriu como eu queria,
Apaixonei-me por inteira, por este lindo amante.
Deste macho que muito amei e deu a mim o que toda a fêmea quer,
A maravilhosa sensação do ápice do amor, que é o êxtase da mulher.