NUM CÉU DE ALGODÃO DOCE
Em nosso desvario
No exultante rubor do rosto
E do teu corpo excitado
Assanham-me os desejos
Em tempestade de beijos
Como em labaredas...
Passeando da boca aos seios
E banhados pela lua
E essa boca
Assim mostrada e rubra
Prova à vontade de um vinho
De ilusão do tempo e
Eu me perco
em silencio discreto
E tu te abrasas
Em abstrações
Nua, gozando a carne
E a emoção vaga, aérea
desfazendo a grinalda
Num céu de algodão doce.
Vitoria Moura 23/5/2011
Ma Vie