AMOR ARREPENDIDO

Na primeira vez

Em que eu te encontrei

Eras uma fera ferida!

E todos te acusavam

Condenando-te a viver

Como um verme rastejante

Que se alimenta da morte.

Eu te vi caída

E estendi a mão

Para te levantar

Daquele imundo chão!

Não perguntei quem eras

E nem quis saber

Porque sofrias tanto

Sendo massacrada a pedradas

Pélas mãos daquela gente.

Mas o tempo passou

E as feridas cicatrizaram,

Daqueles momentos

De tanta dor e desespero

Bem depressa esqueces-te.

E agora, somente agora!

Que te vejo assim,

Tão orgulhosa e fria

Quando passas por mim!

Posso entender afinal

Qual era a razão

Daquelas pedras atiradas.

Como me arrependo

Do dia em que te estendi a mão.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 16/05/2011
Código do texto: T2972906