Romântico

Ah, o romântico!

(...suspiro profundo...)

Espera, espera e faz!

Faz aquilo que lhe dá na telha

E quando essa mesma telha lhe volta

Por um arremesso à cabeça

(Uh! Que dor!)

O romântico volta a si

Tal qual caramujo desconsolado

O tempo passa e o fato

Vira já um distante passado

Eles juntos reconstroem a telha

Tal qual era, anteriormente

Qual sua força divina?

Qual seu amor incondicional?

Qual essa magia que ensina

A espantar tanto mal?

Com flores e velas

O romântico se envolve

E sua morada é repleta

De canções e 'love stories'

Romântico, romântico

Não vais aprender nunca?

A vida ensina diariamente

E você mais no amor se aprofunda

Não mede consequências

Ama de todo o coração

De todo o amor

Se enche de ilusão

Vive a sofrer

Com sua garrafa na mão

Tal qual o boêmio

A cantar a mesma canção

Desbotada pelo tempo

Vês?

O novo dia chega

E o romântico novamente

Ergue a mesma cabeça

E sente em si

Aquela estranha sensação

De que o amor que tanto espera

Está ali bem perto

Ou na distante primavera.

Mas romântico, estamos no outono...

Logo, logo, virá o inverno

Quem mais além de você

Acalentará seu calor interno?

Sim, ele procurará

Pelos bares, pelos lares, pelas festas

Aquela metade pré-destinada

Que o fará supor sutilmente

Que tal alma é penada.

Daiane Cristalina
Enviado por Daiane Cristalina em 13/05/2011
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T2967405
Classificação de conteúdo: seguro