Reticências
E quando não se tem mais as mãos entrelaçadas
Os pensamentos convergentes
As pernas confundidas
A palavra mais que amiga
E quando a noite é mais longa que todo resto
Quando há um vazio do lado
Há espaço demais do lado de dentro
E quando ficar tudo num retrato
Estático, sem vida, sem cor
Pra lembrar que ficaram reticências
Que nem sempre vai ser agora
Mas que tudo que dura
Não se sabe a hora
Quando se chega ou vai embora
Reticências... Amanhã ou depois!