Ilusão
Ilusão
Na contemplação do meu mundo,
teço a minha sozinhez.
Qual aranha que faz sua teia,
me confundo nas teias da vida.
Não descortino você.
Sumiu na minha estrada
perdida,
calcada,
sem chão para eu pisar,
para aprender a andar.
E caí,
de tal maneira
que não mais me levantei,
pois triste fiquei,
querendo apanhar o tempo perdido,
esmagado,
dos dias meus
e a chorar fiquei..
Que lágrimas são essas
que descem e ferem
meu coração desta maneira
que estava cheio de ilusão ?
Ilusão não palpável.
Mas como se vive sem ilusão?
Preciso aprender a conviver
com a minha sozinhez,
sem estar só,
sem ter você em meus braços
que era tudo que pensava ter.
E poeta que sou
vou aprender a viver sem você,
pra você,
sem sofrer.
Eda Carneiro da Rocha