Eu: Sede, Você: Água

Estava sedento no deserto da solidão,

E tu vieste a mim com um sorriso no teu semblante,

Mulher, vieste sorrateira, delicada e provocante,

Retirando-me então da minha desolação.

Saciaste-me com a límpida água do amor,

Sem exigir nada em troca além da minha companhia,

E livrando-me com sucesso de toda a minha agonia,

Hoje, saciado e feliz, chamo-te de flor.

Flor que nasceu na lagoa do oásis do amor,

E que deu cheiro e cor a minha cinzenta existência,

Mas, enfim, saciaste-me no líquido da tua essência,

Sim, sei, sou sede, você água, nesse amor.

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Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 20/11/2006
Reeditado em 21/11/2011
Código do texto: T296057
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