AMOR PROIBIDO

Quando a madrugada

Ainda envolta em brumas

Enlouquece de desejos,

E enfrentando a morte

Entrega-se por inteira

Aos afagos do sol,

O dia nos encontra

Ainda abraçados.

Mas a vida nos cobra

O preço dos nossos erros,

Por isso é nosso esse destino

De sofrer o eterno desespero

De termos em nossos peitos

Dois corações trespassados

Pelas flechas pontiagudas

De um louco Cupido.

Que não se importando

Em saber se estávamos

Livres para amar

Ou se estávamos aprisionados

Nos grilhões dourados

De um casamento!

Condenou-nos a essa

Triste sina.

Pois por mais distante

Que estejamos um do outro

Nossas almas se encontram

No mundo dos sonhos

Para aumentar nossos desejos

E diminuir nosso medo

De amar em segredo.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 09/05/2011
Código do texto: T2958215