AMOR PROIBIDO
Quando a madrugada
Ainda envolta em brumas
Enlouquece de desejos,
E enfrentando a morte
Entrega-se por inteira
Aos afagos do sol,
O dia nos encontra
Ainda abraçados.
Mas a vida nos cobra
O preço dos nossos erros,
Por isso é nosso esse destino
De sofrer o eterno desespero
De termos em nossos peitos
Dois corações trespassados
Pelas flechas pontiagudas
De um louco Cupido.
Que não se importando
Em saber se estávamos
Livres para amar
Ou se estávamos aprisionados
Nos grilhões dourados
De um casamento!
Condenou-nos a essa
Triste sina.
Pois por mais distante
Que estejamos um do outro
Nossas almas se encontram
No mundo dos sonhos
Para aumentar nossos desejos
E diminuir nosso medo
De amar em segredo.