DELÍRIOS
Sinto sob os dedos,
A pele macia que te cobre o corpo...
Mesmo assim é escasso,
Alucinação.
Minúcias nebulosas
Em meu olhar atrapalhado,
Hão de ficar marcados,
Para os dias que virão.
Queria preservar o exato momento,
No qual a agitação das mãos,
Torna-se infinita e
Enalteço teu anseio,
E o que é mais bonito,
É que o que vejo e escuto,
É antes de tudo meu enleio.
Não me reconheço,
Sem pressa e sem medo,
Sem documentos, agradeço.
Mas a hora chega
E sem compaixão...
Deixo tudo pela estrada,
Trazendo a sombra do teu corpo
Em minha retina,
Imaginação.
Vitoria Moura 18/02/2011
Ma Vie