Tolo amor...

Escrevo.

A me esconder da dor,

falo de amor.

Para viver, o sonho,

componho, um verso triste,

como uma flor, que insiste,

nascer num jardim, plebeu:

aonde um conto não conta,

aonde o canto não encanta,

aonde o amor se perdeu...

Escrevo.

Num tom doce, enamorado,

de confissão conflitante:

Quero ser lira, e sou vaga?

Cataclisma...

Enfim, sou prisma!

E em cores me decomponho,

nas coisas do amor,

que proponho, a vida!

Numa luz de madrugada,

nua, azul, enluarada,

com nuances de partida...

Poeta,

boba, louca, absoluta!

Dê sua alma tonta e pura,

aos olhos do incerto infinito.

Dê sua voz de sussurro, ao grito!

E esta mente atravessada,

dê ao revés, na rebeldia,

Dê ao amor de um dia,

sua noite embrigada,

louca de amor, na dor calada.

Toda Lua!

Tola de amor e mais nada...

Angra sem Reis.

18/11/06

01:44hs

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 18/11/2006
Código do texto: T294390