espraiado

quanta distância esse beijo durou

quantos verões esse afago não veio

quantas manhãs esse rosto acordou

sentindo falta do meu, mas não creio

és o alcance que mãos eu não tenho

és o destino que me esqueceu

és o interlúdio que diz a que venho

quando a canção que eu fiz se perdeu

quanto descanso eu quis e não pude

porque tu eras a névoa no mar

e eu o Netuno sem trono ou perdão

tal como a água que pára no açude,

ainda espero poder desaguar

no espraiado do teu coração

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 26/04/2011
Reeditado em 28/04/2011
Código do texto: T2933047
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