VISÕES DA MADRUGADA

Já é tarde e eu estou só!

Minha alma cansada

Pergunta pelos amores

Que já tive;

Alguns, gentis e puros!

Outros, selvagens e vagabundos!

E foram tantas as camas

Nas quais me deitei!

E foram tantas as bocas

Que eu beijei!

Tantas e quantas

Foram as lágrimas

Que eu derramei.

Agora, na boca amarga

O gosto amargo

Da solidão

Provoca-me vômitos.

Gargalhadas em meio à escuridão

Atestam minha loucura,

Ainda revivo no labirinto

Da minha existência

A derradeira ilusão.

Perdido entre a realidade

E a fantasia

Abro meu peito

Num ultimo grito,

Soco,o,orrooo!!!

Eu te imploro!

Salva-me!

Antes que eu perca a razão.

Mas meu grito se perde

Entre meus lábios

E seus ouvidos.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 19/04/2011
Código do texto: T2917653