UM GRITO DE LIBERDADE
Um dia eu vaguei solitário
Pela jornada da minha existência,
Sem saber dos mistérios
Que a vida me oferecia
A serem desvendados
Ao final de cada rua,
No dobrar de cada esquina.
Até o dia em que te conheci
Fui colibri errante!
A voar de flor em flor
Carregava comigo os aromas
Dos jardins perfumados,
Sem pensar jamais
Que um dia sofreria tão grande dor!
Então iludiste meus sentidos
Com promessas de amor,
Me deixei aprisionar!
Por isso tenho as asas feridas
Por este teu ciúme doentio,
E nem mesmo posso
Olhar por sobre os muros
As plantas de outro jardim.]
Mas agora... Após perder-me
Por tantos caminhos
Vagando entre precipícios!
Não sei se valeu à pena.
Só o que sei
É que quero de novo voar!
E é por isso que das minhas asas
Arranco as correntes douradas
Com as quais me prendeste
E grito o mais alto que posso:
“Não te quero mais!!!!”