UM GRITO DE LIBERDADE

Um dia eu vaguei solitário

Pela jornada da minha existência,

Sem saber dos mistérios

Que a vida me oferecia

A serem desvendados

Ao final de cada rua,

No dobrar de cada esquina.

Até o dia em que te conheci

Fui colibri errante!

A voar de flor em flor

Carregava comigo os aromas

Dos jardins perfumados,

Sem pensar jamais

Que um dia sofreria tão grande dor!

Então iludiste meus sentidos

Com promessas de amor,

Me deixei aprisionar!

Por isso tenho as asas feridas

Por este teu ciúme doentio,

E nem mesmo posso

Olhar por sobre os muros

As plantas de outro jardim.]

Mas agora... Após perder-me

Por tantos caminhos

Vagando entre precipícios!

Não sei se valeu à pena.

Só o que sei

É que quero de novo voar!

E é por isso que das minhas asas

Arranco as correntes douradas

Com as quais me prendeste

E grito o mais alto que posso:

“Não te quero mais!!!!”

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 18/04/2011
Código do texto: T2915612