UMA MIRAGEM SUAVE
Trago a alma vestida pelo ar da ilusão
Uma estação que desenhada, reclamava
De que um sinal foi nulo, nada acrescentava
Conceitos ao ouvido, trazido pela percepção
Ilimitado mar de beleza se foi sem consideração
E adornei-me de conchas, mas sempre desejava
A docilidade que um dia me ofertara, e sonhava
O momento que me restava da serenata à canção
Sou da terra a argila manipulada e marcada
e a descoberta da flor sempre calada
Grito demente da minha alma sem ambição
Da lembrança, colorida plumagem de transtornada ave
Repousa sobre o peito como uma miragem suave
Como se fosse um afago no coração.
Vitoria Moura 9/4/2010
Ma Vie