TRÊS PINGOS DE CHUVA

Um pingo...

Sem parar

A chuva vai caindo

Para escorrer na enxurrada

Lavando a sujeira

Dos homens na terra.

Um pingo, dois pingos...

Dos teus olhos

Caindo vão as lágrimas

Para varrerem da tua alma

As mágoas que o peito encerra.

Um pingo, dois pingos, três pingos...

As lágrimas que caem

Escorrendo por tua face

Vão desaguar nos teus seios

Para ligeiras prosseguirem

Rumo aos mares profundos

Do meu ardente desejo.

Um a um todos os pingos

Em nuvens se ajuntam

E gota a gota vai crescendo

Entre raios e trovões

A força da tempestade.

Um a um os suspiros

Vão saindo de tua boca

Em gemidos de prazer,

Gota a gota vai aumentando

O medo de te perder

Depois que a noite acabar

E você for embora.

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 31/03/2011
Código do texto: T2880934