Retalhos meus
Retalhos meus...
Palavras soltas,
Angulosas,
Ossudas,
Labiais...
Entre o silencio
E o arco côncavo
Do meu corpo em chama,
Navega prenhe um barco
De quilha invertida,
Espaço em que te doei a minha vida.
Entre o arco e o alvo,
Voa sublime o amor,
O desejo, no ensejo madrugado
De te apaziguar de monja solidão.
De ser adriça em mar escalado,
Rumo ao teu porto de ermitão.
Retalhos meus...
Na ponta dos meus dedos de ceramista,
Onde do barro revivi
Na forma aclarada e líquida da árvore
De vaga ou flor incerta...
Inevitável o amor!
Retalhado em tua boca,
Em teu beijo emudecido.
Avanço,
Madrugo o silencio arribado
Em direção ao vento,
Sendo candeia ou casco sem defesa,
Quiçá arvorada gávea.
Esgotada agora,
Durmo nas horas frias,
Quando a cidade borbulha efervescente
No mundo asfaltado do recorte.
Sonho...
Estás comigo.
Te vejo vaidoso dizer
Que sou tua!
Retalhos meus...
Palavras soltas,
Angulosas,
Ossudas,
Labiais...
Entre o silencio
E o arco côncavo
Do meu corpo em chama,
Navega prenhe um barco
De quilha invertida,
Espaço em que te doei a minha vida.
Entre o arco e o alvo,
Voa sublime o amor,
O desejo, no ensejo madrugado
De te apaziguar de monja solidão.
De ser adriça em mar escalado,
Rumo ao teu porto de ermitão.
Retalhos meus...
Na ponta dos meus dedos de ceramista,
Onde do barro revivi
Na forma aclarada e líquida da árvore
De vaga ou flor incerta...
Inevitável o amor!
Retalhado em tua boca,
Em teu beijo emudecido.
Avanço,
Madrugo o silencio arribado
Em direção ao vento,
Sendo candeia ou casco sem defesa,
Quiçá arvorada gávea.
Esgotada agora,
Durmo nas horas frias,
Quando a cidade borbulha efervescente
No mundo asfaltado do recorte.
Sonho...
Estás comigo.
Te vejo vaidoso dizer
Que sou tua!