Cacos de Vidros
A imagem turva na janela
Provocada pela chuva.
Trazia a face inútil
do outro lado da moeda.
E depois da guerra
eu juntava os cacos de vidro.
Quando o amor acaba
Ele se parece com isso.
Pequenas partículas que são
Invisíveis.
Parecidas conosco, insensíveis
Na busca de outro amor.
Pois no fundo ficaram resíduos
da antiga paixão.
Que quando um dia acabou.
Foi como um tsunami que levou
Todas as boas sensações
que estavam guardadas
em nossos corações.
O amor é como cacos de vidros.
É quase impossível juntar
ao se quebrar.
É muito difícil colar lembranças
e memórias.
Depois de tanto amar e magoar.
Mesmo juntando os pedaços.
Não será igual ao que um dia foi.
Antes de se quebrar.