FOI O QUE SOBROU
Tive que fazer uma força excessiva para
poder esquecer o que vivi contigo,
os nossos momentos de delírios, tudo,
de alguma forma, foi motivo de registro.
Os nossos enfadados dias separados, os
deleites de nossas madrugadas, as
tristezas das despedidas em cada
manhã que surgia...
E eu, inocentemente pensei que o
verdadeiro amor não morria!
Que ironia, que despreparo de
um coração apaixonado.
As nuvens passaram, as estrelas como
que por encanto desapareceram, a
lua ainda se via, mas com uma cor
que já não encantava.
Restaram as lembranças, os filmes do que
vivemos repetidas vezes sendo reprisados unicamente
em minha mente, enfim, uma lacuna do tamanho de
um abismo, foi o que sobrou.