AQUELE VELHO OLHAR

É como chegar ao seu limite

E encontrar o mar vazio

Diante daquela imensidão

Sob a clara areia que absorve os meus pés

E lá longe, sob aquelas pedras negras

Ao deslizar o meu olhar desiludido

Enxergar a sombra de um anjo

E sua música entorpecente

É buscar um abismo sob os olhos

Sem temer a distancia da dor

Contra os sentidos do pavor

Sob o enfoque de um holocausto

É simplesmente deixar de pensar

Naqueles momentos doces e serenos

Ao escrever reles melodias e poemas

Com a desilusão estampada nos versos

Nada mais obsoleto e infalível

Que deixar os velhos traços invocar

A dor e a tristeza

A cor da saudade.

Igor Magalhães
Enviado por Igor Magalhães em 21/02/2011
Código do texto: T2805528
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