AQUELE VELHO OLHAR
É como chegar ao seu limite
E encontrar o mar vazio
Diante daquela imensidão
Sob a clara areia que absorve os meus pés
E lá longe, sob aquelas pedras negras
Ao deslizar o meu olhar desiludido
Enxergar a sombra de um anjo
E sua música entorpecente
É buscar um abismo sob os olhos
Sem temer a distancia da dor
Contra os sentidos do pavor
Sob o enfoque de um holocausto
É simplesmente deixar de pensar
Naqueles momentos doces e serenos
Ao escrever reles melodias e poemas
Com a desilusão estampada nos versos
Nada mais obsoleto e infalível
Que deixar os velhos traços invocar
A dor e a tristeza
A cor da saudade.