Palácio de Champs Eliséers - Paris
NAS SOMBRAS DO ONTEM
Às vezes vou debulhando a juízo,
Para quando no futuro eu chegar,
Bem à tardinha, quase noitinha,
Sobre um banquinho sentar,
Contemplar o céu a meia luz,
Pedir licença ao homem Jesus,
Dizer do que fiz e o que não fiz.
Será Ele, queira Deus, o juiz,
Paciente, tolerante ao me escutar,
Falarei das coisas que deixei,
De tudo que eu não pude fazer.
Dessas sentirei muita saudade,
Porque não as posso reaver,
Lembranças de tudo que eu fiz,
Dos momentos que me fiz feliz,
E daqueles que eu não pude ser,
Porque quis ou por não querer,
Ninguém foi ou é culpado,
Cada ser o faz pelo seu lado,
A outrem nada tenho a dever.
Levanto trôpego e cansado,
Agradeço ao espaço do tempo,
Já é hora deste corpo descansar,
Amanhã será apenas mais um dia,
Para o espírito os sonhos renovar.
Cada dia uma nova esperança,
Saudade é somente uma lembrança,
Naqueles que não souberam amar.
Rio, 10/02/2011
Feitosa dos Santos
NAS SOMBRAS DO ONTEM
Às vezes vou debulhando a juízo,
Para quando no futuro eu chegar,
Bem à tardinha, quase noitinha,
Sobre um banquinho sentar,
Contemplar o céu a meia luz,
Pedir licença ao homem Jesus,
Dizer do que fiz e o que não fiz.
Será Ele, queira Deus, o juiz,
Paciente, tolerante ao me escutar,
Falarei das coisas que deixei,
De tudo que eu não pude fazer.
Dessas sentirei muita saudade,
Porque não as posso reaver,
Lembranças de tudo que eu fiz,
Dos momentos que me fiz feliz,
E daqueles que eu não pude ser,
Porque quis ou por não querer,
Ninguém foi ou é culpado,
Cada ser o faz pelo seu lado,
A outrem nada tenho a dever.
Levanto trôpego e cansado,
Agradeço ao espaço do tempo,
Já é hora deste corpo descansar,
Amanhã será apenas mais um dia,
Para o espírito os sonhos renovar.
Cada dia uma nova esperança,
Saudade é somente uma lembrança,
Naqueles que não souberam amar.
Rio, 10/02/2011
Feitosa dos Santos