Borboleta Bordô

Borboleta, borboleta

Que adora borboletear.

Seu vibrar e borbotão

Vibra também meu coração.

Borboleta bordô,

Inseto noturno,

Em seu casulo quem pousa é a lua

E não as luzes de sol diurno.

Suas irmãs, tão belas e brilhantes,

Dessas noites nunca dantes,

Riem por não saber da flor

Negra onde descansa seu amor.

Borboleta bordô,

Suas asas escuras são tingidas

Do vinho das uvas escolhidas

Por quem só faz amar a vida.

Dama da noite,

Filha da lua

Não se esconde

E vive na sua.

Oh, dama da noite!

Em punho o açoite

Que em corações faz marcar

Tiras de sangue do amar.

Borboleta bordô

Que em bordéis borboleteia,

Não comete boemia,

Mas sim autarquia.

Borboleta, borboleta.

Dama da noite, filha da lua

Tem luz própria seu corpo

Conforme esta faz-se nua.

Eduardo F F de Abreu
Enviado por Eduardo F F de Abreu em 04/02/2011
Código do texto: T2772430
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