O amor, a Saudade

Suspiro profundo.

Olhar perdido

Meio embriagado

Totalmente sem legado.

Aquela dor no peito

Aquela sensação de ser uma jarra

de cristal bem fina

Sem água, sem nada

E que a um simples toque

Pode ser quebrada.

Um amor desmedido

Longo como a estrada

Sem lugar certo para terminar.

Palavra dura

Enlouquecedora,

Bruta com a mente.

É um ter e perder

É um perder sem ter

É ter o que perder

E não se saber o que fazer.

É sonhar no presente e viver no passado

Pensar num futuro achando

Que ele tem que ser uma cópia

Dos momentos bons que ficou para trás.

Uma lágrima que cai num rosto que esta a sofrer

Quando a saudade é demais, não cabe no peito e acaba escorrendo pelos olhos.

Uma palavra que sai enquanto o pensamento voa

E a desilusão magoa.

Aquele constante recordar de um momento

Ruim, mas que pelas circunstâncias, se torna bom e acaba transpassando o sentimento.

Um saber o que se fez, sem saber o que irá fazer

Sem saber para onde ir

Sem saber o que sentir.

Vontade de deitar

E não mais levantar

Sem motivos para isto

Sem razão pra caminhar.

Parasita com lugar certo para se instalar

Quando pensar que morreu

Lá no peito vai estar.

É um momento que escapou das mãos

Com um pressentimento de que não irá voltar.

Da mesma forma

Como um grão de areia:

Pequeno para quem pisa, imenso para quem olha.

Palavra que muda rumo, muda o nosso mundo

… e nos faz viver... ou não!

Saudade…

Não é apenas palavra.

É uma vida a ser vivida.