VIDA BREVE

Breve...

Tão breve como o relâmpago

É a nossa vida.

Breve...

Breve e silente

Como o orvalho sobre a flor.

Tão breve,

Que, espantado, pergunto-me:

Como é que ainda conseguimos tempo

Para fazer a guerra,

Para espalhar a dor,

Para fazer proliferar a miséria

Que faz surgir a lágrima bailarina que dança

Nos olhos sem brilho do irmão?

Breve é a vida...

Alheios a tudo,

Enveredamos pela trilha da ganância

Em busca de bens materiais.

Às vezes, o irmão é o degrau

Dessa escada que escalamos!

Nada importa, queremos mais...

Sempre mais!!!

No entanto, breve é a vida!

E o final desta estrada

Estende as mãos para a dor.

Silêncio! Já não há mais nada!

Somente corpos gélidos... inertes...

Breve...

Tão breve como o relâmpago

É a nossa vida.

Breve...

Breve e silente

Como o orvalho sobre a flor.

Tão breve que terá sido inútil,

Se não houve tempo para o amor.

Obs.: Este poema encontra-se publicado no meu Livro de Poesias intitulado

"FRAGMENTOS DO CORAÇÃO"

Editora MJR - 2010

Páginas 18/19

Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 13/01/2011
Código do texto: T2726277
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.