VIDA BREVE
Breve...
Tão breve como o relâmpago
É a nossa vida.
Breve...
Breve e silente
Como o orvalho sobre a flor.
Tão breve,
Que, espantado, pergunto-me:
Como é que ainda conseguimos tempo
Para fazer a guerra,
Para espalhar a dor,
Para fazer proliferar a miséria
Que faz surgir a lágrima bailarina que dança
Nos olhos sem brilho do irmão?
Breve é a vida...
Alheios a tudo,
Enveredamos pela trilha da ganância
Em busca de bens materiais.
Às vezes, o irmão é o degrau
Dessa escada que escalamos!
Nada importa, queremos mais...
Sempre mais!!!
No entanto, breve é a vida!
E o final desta estrada
Estende as mãos para a dor.
Silêncio! Já não há mais nada!
Somente corpos gélidos... inertes...
Breve...
Tão breve como o relâmpago
É a nossa vida.
Breve...
Breve e silente
Como o orvalho sobre a flor.
Tão breve que terá sido inútil,
Se não houve tempo para o amor.
Obs.: Este poema encontra-se publicado no meu Livro de Poesias intitulado
"FRAGMENTOS DO CORAÇÃO"
Editora MJR - 2010
Páginas 18/19