O Homem de Branco

É apenas uma poesia de amor vinda do meu coração, que dedico a todos os meus irmãos que sofrem nesse momento pelas chuvas de verão.

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti eis-me aqui...

Com um espírito altruísta e desapegado dos bens materiais

Ele com muito sacrifício se forma doutor e se casa com a moça de Batatais

Depois de atender os pobres durante o dia todo bem como esclarecer e consolar

Pega um bonde e volta muito cansado para seu lar

Estranha a ausência de seu amor que sempre ficava no portão a lhe esperar

Adentra a casa e clama numa prece muda por Maria Santíssima que estáis no céu

Sobre uma cama febril e abatida encontra seu amor Raquel

Com enorme carinho se põe a medicar

Mais nada da febre baixar

Depois de um banho tomar

Remexe no prato mais preocupado não consegue jantar

Chega até sua porta uma senhora em soluços e dor

Minha filha precisa de um médico doutor

Em nome de Jesus eu te imploro por favor

O jovem médico diante de tamanha aflição

Olha para a amada moça febril mais com sabedoria no coração

E ouve um sussuro dos lábios trêmulos dela

Cumpra a sua missão

Ele parte com a mãe afilta para o sobe e desce dos morros

Adentra um barraco muito pobre

Onde uma criança doente precisa de socorro

A simplicidade do lugar não faz de seus moradores menos nobres

Depois coloca sobre a mesa o pouco dinheiro que tem

Assim poderiam comprar os remédios que receitou sem se humilharem a ninguém

A mãe consolada e muito agradecida lhe diz

Dr. Bezerra de Menezes que Deus lhe pague por todo o bem

Chega tarde da noite de volta ao lar

Fica apreensivo com o silêncio

Receoso que seu amor tivesse vindo a desencarnar

Entra no quarto e à beira da cama ascende a luz

E sorrindo murmura obrigado Jesus

A companheira que escolheu para essa vida

Sem febre e profundamente adormecida

O doutor dos pobres acaricia com carinho os longos cabelos e o rosto suave dela

Ouve o barulho da chuva que insistente bata à janela

Os anjos são testemunhas do que o doutor revela nessa hora a toda luz do céu

Eu vou te amar até a eternidade minha querida Raquel...

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 12/01/2011
Código do texto: T2725549