Escultura de um Devaneio
Quando adormeci o espetáculo começou
E pude sentir em mim vexames de alegria,
No suntuoso e auspicioso sonho eu dormia
E navegava solene e embevecido nos braços do meu amor.
Na fantasia onírica tudo era pleno de acontecer
E me fitavam radiantes os olhos de minha amada,
A festa era um fulgor para minha alma apaixonada
Que me deixava ébrio, zonzo, atônito de prazer.
A natureza depositava flores aos meus pés
E o tempo sussurrava alegorias em meus ouvidos,
Harpas celestiais adornavam meus tímpanos adormecidos
E pelo nariz eu respirava os tons mágicos em duas chaminés.
O êxtase esculpiu em minh'alma marcas de emoção
E em meu despertar concebi lágrimas de saudade em meu coração!
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