Escultura de um Devaneio

Quando adormeci o espetáculo começou

E pude sentir em mim vexames de alegria,

No suntuoso e auspicioso sonho eu dormia

E navegava solene e embevecido nos braços do meu amor.

Na fantasia onírica tudo era pleno de acontecer

E me fitavam radiantes os olhos de minha amada,

A festa era um fulgor para minha alma apaixonada

Que me deixava ébrio, zonzo, atônito de prazer.

A natureza depositava flores aos meus pés

E o tempo sussurrava alegorias em meus ouvidos,

Harpas celestiais adornavam meus tímpanos adormecidos

E pelo nariz eu respirava os tons mágicos em duas chaminés.

O êxtase esculpiu em minh'alma marcas de emoção

E em meu despertar concebi lágrimas de saudade em meu coração!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 04/01/2011
Código do texto: T2708842
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