Um novo amanhã.
Tudo se cala, o tempo para
separa, e só na solidão,
horas dias infinitos, e tudo igual
a mesmice, a tristeza no coração.
No mesmo minuto, tudo do mesmo jeito,
nada continuam nada muda a dor não cessa
nem uma oração, chorar, lamentar.
E lá fora as casas os trânsitos os movimentos,
as pessoas indiferentes, as lojas,
os jardins as vitrines tudo está do mesmo jeito,
há frio nos corações.
A cidade não floresce as pedras, o cimento o asfalto,
enegrece a visão, as luzes toldam não deixam ver
o céu as estrelas e a luz do luar aparecer.
Os edifícios sombreiam,
não deixando o sol entrar na minha janela.
A fumaça a poluição, o ar contaminado,
deixa as nuvens o cérebro acinzentado.
Os labirintos das ruas, não me deixam chegar até você,
nem possa descansar, nem campos rios, flores não há,
nem regatos para se banhar;
enquanto o ruído das buzinas e dos motores,
querem me atropelar.
Aonde foram meus sonhos, meus amores, a luz do arrebol,
por que não volta pra fazer um novo amanhã,
a luz, a água a terra o mar e a natureza,
E tudo ficar novo quando da nossa primeira vez
Com muito amor.
Cláudio D. Borges.