Eu não sei nada, mas sei que amo
E amo, se amo tanto... e se sonho, sonho muito...
com amor impossível só se pode sonhar...
querer alguém que faça o querer voar...
ser o pássaro nas nuvens...
olhar abaixo as montanhas, os montes,
e os prédios em que pessoas se amam,
ou se esquecem de si mesmas,
enquanto eu não vou conseguir esquecer de ti...
até quando morrerei por dentro,
sorrindo e brincando, como se eu fosse criança ainda,
mas não sabes que estou crescido, que doi meu coração,
que desfaleço pelas ruas, e meu ar está pouco...
porque és linda, e tens um sentimento que sinto ciúmes de outro...
quando só cintila uma estrela na noite escura,
e estás a sonhar e pensar em outro desejar...
quando sei que nunca veremos os brilhos...
nem saberemos o sabor da erva daninha...
das frutas e do pêssego, e da uva, e de todas as cores lindas,
como és bela ao meu âmago, e eu sonho,
só posso fazer isso, porque parece que és inalcançável demais...
não posso concorrer neste concurso de amor...
ainda tenho que ter dignidade e amor-próprio...
mesmo assim, me rebaixo, e deixo meu ser ver as
areias abaixo de mim, sentir o gosto de terra na minha boca,
isto é estar sem ti...