AÇÚCAR DERRAMADO
Em se falando de amor
eu sou surdo.
Talvez até tão invulgar
quanto açúcar
derramado na calçada.
Eu não sou nada
e quero fingir-me de oculto.
Talvez eu tenha a palavra errada
para o momento certo.
Talvez eu seja um deserto
em se falando de amor.
Só não quero a dor
em minha rima.
Prefiro até a morte...
Quem sabe, por sorte,
ela não seja o princípio
do princípio, do princípio???
E como princípio é amor,
talvez eu encontre
a real razão de tudo isto:
VI-DA.
Em 07.01.1990