Um tanto quente

...um tanto quente, e pedaços de mim se

agarram a tua voz, e meu silêncio beija

docemente a tua boca, e tudo se aproxima,

e tudo se explica, e juntamos os desejos,

homem, mulher,

molhados...

Um tanto quente nesse caso mal conhecido.

Sim, moça:

ensino-te o carisma das águas,

e não te machucas,

nem te afogas,

nem esqueces meus pernambucanos braços,

que de longe vieram para te suster,

que misteriosamente desejam te amar.

Um tanto quente...

E apego-me ofegante ao telefone,

e só ligamos pra dizer olá,

e só dizemos olá para não abandonar a idéia

do nosso poético e apaixonado calor.

Um tanto quente.

...cada vez mais quente no que se supunha impermeável...

Poesia que se dedica à s.r.t.a Diana Aventino

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 24/12/2010
Código do texto: T2690137
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