Ah, mar!

Amar é navegar num silencio

bravio, selvagem

Sorrisos não me servem de alento

Estou cansado, mareado

Dissimulação

Na tripulação

Minha destreza com facas

Deixou-me superhiperautoconfiante

E chagastes com más novas

Feri-me mortalmente

Perdi-me no fio das palavras

Sangrei-me dum sangue culposo

Sangue parvo, fóssil, juvenil

Vai, ex- vai...

De súbito,certa patética saudade

Fóssil pueril patético amor

Chegastes no vigésimo bonde

Encantada, diria o cronista

Filosofastes a tarde toda

Saquei dum charuto roto

E sai...