Soneto da Recordação
Sempre neste escuro vejo a vida
Bem desfeita tal nuvem branca
Cada vez mais escassa e despida
Nessa sangria que jamais estanca
Sempre que feliz senti a partida
Deixei as vestes em uma banca
Obtive orações de alma parida
Obscuro fui, senti e te vi mais franca
Vi-te mais cheia de vida que antes
Mais cheia de teus bons rompantes
Sentidos que julgou à rua perder
Saídos por não se poder merecer
Precisa, indescritível é tua trilha
Linda e despareada, a minha? Uma ilha.
Lord Brainron