Amo-te, homem.

Eu te amo. Amo teu coração e tuas dores.

Curvo-me ao desespero quando sei de teus amores,

e então consolam-me com gotas de tolerância (que dispenso)

quando penso em teus lábios atrevidos,

sedosos e quentes como brasa...

Sento-me sobre a impaciência quando teus olhos somem,

e então busco a licença para descansar da dor

de não tê-lo todas as noites em casa.

Eu amo a carne que te envolve

e trago na minha as cicatrizes e feridas

de um tempo que sobre mim pesou.

Eu amo de ti, homem, uma estrela antiga,

de um momento que minh'alma mendiga

sem entender que já passou...

AURORA ZANLUCHI
Enviado por AURORA ZANLUCHI em 13/12/2010
Reeditado em 26/01/2014
Código do texto: T2669900
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