CASTELLO
Passeando no aprisco,
Em meio a minha perdição,
Encontrei um antigo castelo,
Que pra mim foi grande risco.
Na parede frontal tinha um risco,
Nele a efígie da princesa,
Aquela que engabelava em disco,
A paixão mais acesa.
Seu rosto era angelical,
Sua pele como a neve,
De roupa mais invernal,
Que seu toque era suave.
Seus lábios eram esbranquiçados,
Seu colorido perdeu de repente,
Por sua chama inflamado,
A qualquer um enfeitiçado.
Quando por longe passava,
Me chamou a ternura,
Atendi o pedido por cortesia,
Nunca vista formosura.
A porta pesada se abriu,
Então entrei acanhado,
Mas não fiquei assustado,
Porque pra mim ela sorriu.
O brilho do Lustre,
Sobre minha cabeça luzia,
Meus olhos via a volta,
O que meu coração não pedia.
Meu ouvido no recanto,
Do homem movendo as mãos,
Pensando nos dois corações,
Componha um lindo canto.
Aquela mão sobre mim,
Era um convite a passear,
No corredor e jardim,
E os dois a conversar.
A roda no meio do nada,
A razão não simplifica,
Os lábios já se veem,
E o sentimento se intensifica.
Na companhia das borboletas,
O alçar do voo rasante,
Sobre o perfume das violetas,
A verdade do amante.
Tomando esta postura,
A luz mais delicada,
Nele encontra a ventura,
Pra ser uma mulher amada.
O jardim é o começo,
Do amor sem adereço,
De alguém que esperou,
Seu sonho por toda a vida.
A primorosa tão querida,
Desde a primeira vez,
Do seu castelo se desfez,
Para ser bem acudida.
Sua posição não perdeu,
Com esse cavaleiro casou,
O filho que lhe nasceu,
Tornou-se de grande valor.
O amor ali reinou,
O tempo rápido passou,
Mas nunca se foi o amor,
Desde a época de dor.
Não cultivou defeito,
É um sinal de respeito,
No coração que se guardou.
POEMAS ANOTADOS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 19/11/09.
Passeando no aprisco,
Em meio a minha perdição,
Encontrei um antigo castelo,
Que pra mim foi grande risco.
Na parede frontal tinha um risco,
Nele a efígie da princesa,
Aquela que engabelava em disco,
A paixão mais acesa.
Seu rosto era angelical,
Sua pele como a neve,
De roupa mais invernal,
Que seu toque era suave.
Seus lábios eram esbranquiçados,
Seu colorido perdeu de repente,
Por sua chama inflamado,
A qualquer um enfeitiçado.
Quando por longe passava,
Me chamou a ternura,
Atendi o pedido por cortesia,
Nunca vista formosura.
A porta pesada se abriu,
Então entrei acanhado,
Mas não fiquei assustado,
Porque pra mim ela sorriu.
O brilho do Lustre,
Sobre minha cabeça luzia,
Meus olhos via a volta,
O que meu coração não pedia.
Meu ouvido no recanto,
Do homem movendo as mãos,
Pensando nos dois corações,
Componha um lindo canto.
Aquela mão sobre mim,
Era um convite a passear,
No corredor e jardim,
E os dois a conversar.
A roda no meio do nada,
A razão não simplifica,
Os lábios já se veem,
E o sentimento se intensifica.
Na companhia das borboletas,
O alçar do voo rasante,
Sobre o perfume das violetas,
A verdade do amante.
Tomando esta postura,
A luz mais delicada,
Nele encontra a ventura,
Pra ser uma mulher amada.
O jardim é o começo,
Do amor sem adereço,
De alguém que esperou,
Seu sonho por toda a vida.
A primorosa tão querida,
Desde a primeira vez,
Do seu castelo se desfez,
Para ser bem acudida.
Sua posição não perdeu,
Com esse cavaleiro casou,
O filho que lhe nasceu,
Tornou-se de grande valor.
O amor ali reinou,
O tempo rápido passou,
Mas nunca se foi o amor,
Desde a época de dor.
Não cultivou defeito,
É um sinal de respeito,
No coração que se guardou.
POEMAS ANOTADOS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 19/11/09.