Tuas artimanhas.
Eu nada sei
Deste tudo que devia saber
Pelo menos um pouco,
Porque este tudo,
Quando a mim cabe estudá-lo,
Perde-se em satíricos vapores,
Formando nuvens fofas de saber
Que nunca posso alcançar;
O avião do pensamento elástico
Passa por elas, perfurando-as
Diagonalmente,
Na tentativa de fotografar
A face oculta
Da lua do teu saber,
Que a perícia e artimanhas
De tuas manhas de amor
Conseguem fazer-me não ver!