Espinhos na alma.

Você me fez sentir na carne,

O prazer de solver o cálice do amor,

A bebida sagrada dos deuses,

Deixou-me embriagado, deleitou-me

Com o sagrado sentimento do amor.

Deslumbrou-me, com a magia,

Fez-me sentir o que poderia ser,

O mais profundo amor.

Mais também me fez sentir,

A mais profunda dor,

Quando me deixou;

Colocou-me espinhos na alma,

Transfigurando-me.

Espinhos invisíveis penetram o meu ser,

Sangrando-me por dentro, rasgando o meu peito.

Um resto de mim, grito no vazio, calado surdo abafado.

Você fez-me conhecer o tormento,

Saborear o fel amargo da despedida,

O sentimento triste de ter de aceitar,

Dizer adeus, te perder,

“E nunca mais poder te esquecer”.

Cláudio D. Borges.

poeta cláudio
Enviado por poeta cláudio em 06/12/2010
Código do texto: T2656694
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