Na outra calçada
Era uma paixão doentia
O que eu sentia por ela
Que sempre mentiu pra mim
E eu só acreditava nela
Cheguei a brigar com os amigos
Quando me falaram mal, dela.
Isso tudo aconteceu
Quando, na rua eu passava,
Na outra calçada eu a via
Indiferente a tudo, caminhava.
Com um sorriso nos lábios
Naquela calçada ela desfilava.
Então o meu inferno começou
Perdidamente, me apaixonei.
A ela, de corpo e alma.
O meu amor, lhe, entreguei.
A verdade deu lugar à mentira
Que ela contou, e eu acreditei.
Hoje, ao me olhar no espelho,
Eu vejo o farrapo que me tornei
Já não sou mais aquele homem
Só vejo em quem me transformei
Agora ao caminhar tão sozinho
Lembro os amigos com quem briguei.
Mas, é ali na outra calçada,
Que estão as minhas lembranças
Em cada vitrine pelo vidro eu vejo
Quem roubou a minha esperança
Sinto no peito o desejo, de vingar-me,
Mas, de que me serviria a vingança.
Balneário dos prazeres: 25 / 11 / 2010