A FLOR DO DESERTO
No meio do deserto eu vi uma flor
que destacava-se em terreno arenoso.
No meio do deseto um amor
que destacava-se em solo rochoso.
No meio do deserto é sempre verão
como o amor que é sempre ardor,
como o brilho da minha paixão
no deserto onde vi uma flor.
No meio do deserto é solidão
que destaca-se na quietude.
No meio do deserto é escuridão
na noite fria da juventude.
No meio do deserto vi teu olhar,
nas trevas, no espaço vazio.
No meio do deserto eu vou te amar,
pois é a razão que contrario.
No meio do deserto a tua imagem
eu vi caminhar impoluta.
No meio do deserto uma viagem
no coração que a alma perscruta.
No meio do deserto uma face tristonha
da solidão que invade o vazio,
o vazio que já é um nada que sonha
com a distância do coração vadio.
No meio do deserto da minha vida
onde te amar é um desafio
e esperar-te, oh minha querida,
é esta por entre o temporal alvadio.
No meio do deserto desapareces fria,
tu viajas para mais longe do que está,
e ouço a declaração que me arrepia:
Tu és meu amor, quero-te agora e já!
No meio do deserto a divindade,
o amor meu que me venceu,
que passou por mim e deixou saudade;
te amo, meu amor! Te amo, amor meu!
(YEHORAM)
20.11.2010 P/C.C