Fatalidade.
Nunca se sabe o que pode acontecer,
Como se fosse do nada a chama se acende,
Queimando nossa alma pouco a pouco.
O tempo parece ter ficado louco,
Entramos no labirinto do passado sem querer,
Talvez um caminho errado,
Um portal que só o coração sabe achar.
Uma vontade que vem lá do intimo,
Uma página no arquivo da memória
Começa se abrir diante dos nossos olhos,
E o que parecia está mergulhado no sono da mente,
Flutua surpreendendo, desafiando a nossa consciência.
Muitas vezes a surpresa é tão grande,
Que custamos a acreditar no que está acontecendo.
Surge diante de nós numa hora tão imprevista,
Num cruzamento de energia ressurge do nada,
Aparece na nossa frente o amor que achamos que se havia perdido.
É uma dessas fatalidades que não podemos compreender,
Penso que seja para o nosso bem, para nos enriquecer,
Que nada é por acaso. O futuro ainda é uma incógnita
Que não podemos prever.
Cláudio D. Borges.