Ingratidão
Tu sabias que em mim havia um castelo
E que todos que nele habitavam eram teus súditos,
Mas imprudentemente me trocaste por um púlpito
Em que os jovens catam até os farelos...
Insana tua atitude, não quero tua esmola,
Nos jardins onde viste abrir-se uma flor
Vou proporcionar-me novo e eloquente amor
Enquanto tu desvairadamente consomes tuas drogas...
Louca! Teu último destino é o chão...!
Ingrata! Como te esqueces tudo o que fiz...!
Ofertei o que pude para ver-te feliz,
Mas parece que jamais tiveste coração!
Minhas lágrimas transformar-me-ão numa ribalta
Enquanto tu colherás do destino tuas atitudes incautas!
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