Não poderia comparar-me ao Pai
Porque injusto ao mundo eu seria;
Livrar-te ia dos penosos ais;
Aliviar-te as dores eu iria
 
Ouvidos moucos ao resto do mundo
Por dedicar-te um querer infindo;
Outros lamentos; Mesmo mais profundos,
Não chegariam nunca aos meus ouvidos.
 
E as benesses, quantas te daria,
Para um viver de tranqüilidade.
A fome e a guerra não me assustaria;
Bastava ver-te na felicidade.
 
Mas não sou Deus... E... Ai!... O quanto sinto...
Por ver-te assim sofrendo por amor.
Por um amor que não é meu; E minto
Que não me importo com a tua dor.

Célia poetisa
Enviado por Célia poetisa em 06/11/2010
Reeditado em 07/12/2010
Código do texto: T2600271
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