PELA SEDE DO TEU CORPO
PELA SEDE DO TEU CORPO
Pela sede do teu corpo
Quando aninhas no meu,
Dou-te todo o conforto,
Mas me perco nas veias do teu.
É nos poros que eu escondo
A mistura do amor e prazer
Até que te provo
E me farto do teu ser.
Assim se perpetuou
O que perco em teu lenho,
Tu também do meu provou
Quanto mais eu te tenho.
Minha sina é beber
Do teu corpo o mel e me saciar
Numa constante é o teu saber,
Que bem me desfruto do teu amar.
Aspergindo em mim tuas gotas,
Arqueando-me num desejo sem fim,
Num dedilhar sem me dar conta,
É no teu gozo que me perco de mim.
Basta depois de saciados,
Quando até a alma se fez nua,
Um descansar entrelaçado,
Contemplando a imagem tua.
Mada Cosenza
21/10/2010