O tempo e a jornada: eternos?

O tempo é uma eterna jornada,

Cheia de ainda

E de curvas,

Tão fundas, quanto

A profunda confusão do ser.

Bastaria,

Acho que só isso,

Nada mais,

Um sim,

Para por um fim,

Ao definhamento

Do meu pensamento,

Do meu desejo,

Do meu eu.

Quantas vezes eu esperei?

Alguém pode dizer?

Quanto tempo,

Depois de tantas horas,

De tantas palavras rompidas,

De tantos amores,

De tantas desculpas,

Eu ainda tenho?

Quantas voltas do relógio,

Restam-me?

Seria preciso que o tempo parasse,

Mas o tempo,

Ah! O tempo,

Ele não para!

No máximo ele é relativo,

Então qual a nossa relação?

Quanto tempo se passou?

Como disse, bastaria um sim,

Para por fim a tudo isso.

Mas o termino das notas de minha canção,

Aquela chamada Vida,

Não deixam que eu termine meu solo,

As páginas de meu livro de poemas,

Não deixam que meu monólogo acabe.

Por fim,

Depois da minha perdida poesia,

Sem mais e nem menos,

Toca o telefone,

Mas toca de verdade.

É você.

Eu espero,

Digo Oi, deixo, ele se foi.

Mas voltou, ligou.

Então fica. Fala comigo.

Acabou seu tempo.

O mundo girou.

Mas só preciso, antes de desligar,

E fugir para o mar,

Diga-me: sim?

Ou não? A escolha é sua.

"Leiam minha apresentação: http://www.recantodasletras.com.br/cartas/2394709"

Le Vay
Enviado por Le Vay em 18/10/2010
Código do texto: T2564301
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