LEMBRANÇAS MELANCÓLICAS DA SOLIDÃO (PARTE IX)
Um turbilhão de pensamentos arrebatou-me,
Içando meu corpo pelos ares.
Olhos fechados, corpo leve...
Girando... girando...
Sensação de leveza, sentimento de incerteza...
O que eu estaria fazendo?
Me deixando levar por um sentimento
Vermelho e deslumbrante,
Da cor do sangue.
Neste vôo magnífico no meio de um furacão,
Foram ao chão a cruz e o brasão,
Tudo o que guardei comigo em toda a minha vida.
Mas nada disso importava
Desde que me sentisse amada...
Onde eu estava?
Mãos fortes seguravam as minhas
Meu deus grego estava ali comigo,
Para mim era mais que um amigo,
Uma proteção, um consolo,
Um amor infinito, cheio de ternura,
Mas cheio de vacilo.
Seu abraço era reconfortante,
Mas os ventos eram estonteantes!
Girando... girando...
O que era belo, calmo e tranqüilo,
Tornou-se digno de esconderijo.
Todas as rosas viam, as árvores, os arbustos,
Os olhos estavam em toda a parte...
Quanto mais me segurava em seus ombros protetores,
Mais sentia que seria arrebatada em meus temores.
No meio de toda aquela angústia,
Só havia uma decisão a ser tomada.